domingo, 27 de maio de 2012

O sofrimento do jovem Goethe


          As primeiras manifestações artísticas

        A obra Os Sofrimentos do Jovem Werther, do escritor alemão Johan Wolfgang Von Goethe, lançada em 1774, é hoje considerada um clássico da literatura universal. Primeira produção literária do  romantismo, ela é considerada o sinal inicial que indicia o princípio deste movimento cultural.
Um dos primeiros livros de Goethe, provavelmente de caráter autobiográfico, este romance caracteriza-se por seu teor epistolar, pois se trata da reprodução de cartas que o Jovem Werther teria escrito ao narrador por muito tempo. 
       A obra, narrada na primeira pessoa, com economia de personagens, tem em suas notas de rodapé a indicação de que nomes e locais foram substituídos por dados fictícios, o que contribui para que se acredite na transposição das emoções e sofrimentos do próprio autor para as páginas deste livro, apenas com algumas modificações, principalmente no final.
       Goethe, como Werther, também fora vítima de um amor não correspondido; sentira-se igualmente dominado por emoções incontroláveis e avassaladoras; mas o escritor, ao contrário de seu alterego, não opta pelo suicídio. O personagem, vencido pela força de seus sentimentos por Charlotte que, insensível às suas emoções, se casa com Alberto, sucumbe e, pedindo à própria amada que lhe forneça as armas do marido, atira em sua própria cabeça, buscando assim o fim de seus sofrimentos.
        A narrativa de Goethe é tão intensa que, na época, muitos suicídios juvenis ocorreram por todo o continente europeu, levando alguns governantes a tentarem até mesmo censurar a leitura deste livro. Werther se tortura por não esquecer o seu amor Charlotte, mesmo depois de seu matrimônio. Ele tenta viver em outro local, mas nem a distância lhe traz o esquecimento. Por outro lado, seu rival nutre intenso ciúme dele, o que o perturba ainda mais, pois sente que está provocando constrangimentos ao casal. O jovem decide então se afastar definitivamente.
      Goethe pôde, então, através desta obra, extravasar seus próprios sofrimentos, as condições de sua alma, expressando os tormentos que afetavam o seu emocional. Assim ele empreende a catase  de seus sentimentos, libertando-se deles por meio da expressão artística.


Postado por Lara Albuquerque e Stéfany Lourenço 9ªA

Movimento Romântico,pardigama de herói byroniano,relação entre sua vida pessoal e sua poesia



                                                 Movimento Romântico

  O Romantismo foi um movimento cultural que surgiu inicialmente na Grã-Bretanha e na Alemanha, como reação ao culto da razão do Iluminismo, um pouco mais tarde em França, nos países do sul e na Escandinávia espalhando-se depois por toda a Europa e Estados Unidos da América. É um estado da sensibilidade européia entre finais do séc. XVIII e do séc. XIX. O seu nome deriva de "romance" (história de aventuras medievais), que tiveram uma grande divulgação no final de setecentos, respondendo ao crescente interesse pelo passado gótico e à nostalgia da Idade Média.
Foi originalmente um movimento de fato revolucionário que adotou as ideias políticas e filosóficas elaboradas pelo século das Luzes: livre expressão da sensibilidade e afirmação dos direitos do indivíduo. Mas o romantismo, para lá da sua oposição à estética clássica, quer revelar a parte do homem oculta pelas convenções estéticas e sociais.
Muito variada nas suas manifestações, essencialmente ao nível da literatura e das artes plásticas, esta corrente sustentava-se filosoficamente em três pilares: o individualismo – tendência para se libertar de toda a obrigação de solidariedade para pensar só em si, egoísmo –, o subjetivismo – tendência para afirmar a prioridade da subjetiva sobre o objetivo – e a intensidade. Contra a ordem e a rigidez intelectual clássica, os artistas românticos imprimiram maior importância à imaginação, à originalidade e à expressão individual, através das quais poderiam alcançar o sublime e o genial.

                                            Biografia de Lord Byron

George Gordon Noel Byron , conhecido como Lord Byron, foi um importante poeta inglês do século XIX. Nasceu da cidade de Londres em 23 de janeiro de 1788.
Aspectos de sua vida
É considerado, na literatura inglesa, um gênio poético e um dos principais representantes do romantismo inglês. Seus poemas são carregados de inspiração exaltada, crítica social, impetuosa e violenta. Apresentam temas ligados à tristeza humana e melancolia. Seu  primeiro livro de poemas foi “Horas de lazer”, escrito em 1807.

Fez muitas viagens, que o inspiraram, para cidades da Espanha, Grécia, Malta, Suíça, Itália e Albânia. Em Genebra, viveu com Claire Clairmont com quem teve uma filha, em 1817, chamada Allegra.

Byron era aleijado de um pé. Morou um tempo e Lisboa, porém uma situação desagradável o indispôs contra os portugueses. Foi morar no Oriente, em seus últimos anos de vida. Morreu em Missolonghi no dia 19 de abril de 1824.

Algumas obras do poeta:

- Horas de lazer (1807)
- Poetas ingleses e críticos escoceses (1809)
- A Peregrinação de Childe Harold (1812-1818)
- O prisioneiro de Chillon (1816)
- Manfred (1817)
- Beppo (1818)
- Don Juan (1819-24)
Frases:
- "Quando o homem deixa de criar, deixa de existir."
- "O melhor profeta do futuro é o passado."
- "O ódio é a loucura do coração. "


Qual a relação entre a vida pessoal de Lord Byron e sua poesia?

A relação de entre a vida pessoal de Byron e a sua poesia é muito estreita:o autor fala através do seu personagem,expondo completamente a se próprio.O poeta revela na literatura a própria crise existencial em que está submerso e,sendo Byron romântico,é um autor que se pauta pelo subjetivismo e pelas paixões,muitas delas violentas e irrefreáveis.A vida de Byron é tão quase fantástica  e romântica quanto as dos personagens que criou a partir de si mesmo:amores problemáticos,melancolia exagerada,desprezo pela sociedade que o redonda,atos que revelam uma grande sede de liberdade e ,para terminar,a morte na Grécia,enquanto preparava um ataque contra os turcos,que na época dominavam o território grego.

O que é pardigama de herói Byroniano?

A figura esquiva do herói byroniano:jovem aristocrático,dotado de um forte sentimento de culpa,sarcástico e melancólico.O personagem carrega marca pessoal do autor,tem os mesmos problemas e reage sempre de maneira semelhante: uma atitude desesperada,resultante de um vazio existencial causado por uma desilusão,exatamente como fez Byron durante certo período da vida.O herói byroniano vive sem perspectivas e por isso não respeita as regras impostas pela sociedade. 


postado por Lara Albuquerque e Stéfany Lourenço 9ºA

domingo, 20 de maio de 2012

Inter-relação entre as artes plásticas e o Romantismo


     A relação entre as artes plásticas e o romantismo é que ambos demonstram um sentimento de repressão, luta pela liberdade, por um caminho melhor, por uma vida melhor, sem coisas ruins. Além disso, as artes plásticas retratam os pensamentos humanos, sendo assim, muitas vezes influenciadas por movimentos culturais como o Romantismo. Porém, no amor como em qualquer outro sentimento temos coisas boas e ruins, e precisamos nos conformar com isso.

     Os artistas mencionados têm como recursos pictóricos o uso de cores fortes e densas, assim como pinceladas rápidas. Goya evoluiu com sua técnica de sombra-luz e contrastesTambém nas obras de Eugène Delacroix, podemos ver uma grande expressão cromática, simbolismo, sentimentalismo e refinamento. As pinturas e as esculturas de Auguste Rodin tinham como base o classismo e o impressionismo. Já, Theodore Géricault simplesmente desprezava estes padrões e criava obras serenas e ousadas. As suas esculturas representam o puro amor entre os jovens. 


Goya 

Auguste Rodin


Eugène Delacroix


Theodore Géricault



Postado por Lara Albuquerque e Stéfany Lourenço 9ªA

Linha do tempo do Romantismo - Portugal e Brasil






Postado por Gabriela Maria e Leticia Lopes - 9ºA

Leitura do quadro A dama de Shalott e vídeos com as características do romantismo

leitura do quadro A dama de Shalott:




  O quadro retrata a sutileza,delicadeza,leveza e a espontaneidade da mulher,a beleza sem escalas e o apelo para a mera fantasia a fim de que ela volte a realidade em que vive.Os cabelos ruivos representam a simplicidade,ternura e compaixão dela.A inter-relação entre a obra e o romantismo é que a mulher está em tentativa de fuga já que ela está sentada em um barco.Está mal,sozinha,melancólica,acabada e corroída por dentro assim como vários outros jovens da época por causa desse sentimento tão forte que é o amor.


Vídeos de musicas atuais com características do romantismo:

Juanes para tu amor




It will rain- Bruno Mars









Postado por Lara Albuquerque e Stéfany Lourenço 9ºA

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Lord Byron e o Romantismo



Pesquisa Bibliográfica acerca do Movimento Romântico


Quem foi Lord Byron?
George Gordon Noel Byron, mais conhecido como Lord Byron, foi um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do Romantismo, além de célebre por suas obras-primas. Sua obra e sua personalidade romântica tiveram grande repercussão na Europa do início do século XIX. Byron é considerado como um dos maiores poetas europeus e é muito lido até os dias de hoje.

Toda a obra de Byron, que exprime o pessimismo romântico, com a tendência a se voltar contra os outros e contra a sociedade, pode ser vista como um grande painel autobiográfico. Foram novos, em sua postura, o tom declarado de rebeldia ante as convenções morais e religiosas e o charme cínico de que seu herói demoníaco sempre se revestiu.

Lord Byron nasceu em Londres em 1788 e, em 1798, herdou o título nobiliárquico de um tio-avô, tornando-se o sexto Lord Byron. Em 1807 publica Horas de Ócio, livro de poemas mal recebido pela crítica.

Com apenas 21 anos ingressou na Câmara dos Lordes e viajou pela Europa e pelo Oriente, regressando em 1811. No ano seguinte publicou o poema A Peregrinação de Childe Harold, sobre as aventuras de um herói e a natureza da península Ibérica, sucesso em vários países europeus.

Mudou-se para a Suíça em 1816, após o divórcio de Lady Byron, causado pela suspeita de incesto do poeta com a meia-irmã da esposa. Escreveu o terceiro canto de A Peregrinação de Childe Harold, O Prisioneiro de Chillon (1816) e Manfred (1817).

Então, transferiu-se para Veneza, onde escreveu, em 1818, Beppo, uma História Veneziana, sátira à sociedade local. Um ano depois começou o inacabado Don Juan. Tornou-se também membro do comitê londrino para a independência da Grécia, país para onde viajou em 1823 para lutar ao lado dos gregos contra os turcos. Morreu quatro meses depois, em 1824, em Missolonghi, Grécia.




Características do Movimento Romântico
Romantismo, também chamado de Romanticismo, foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. 

Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.

Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

Muito variado nas suas manifestações, essencialmente ao nível da literatura e das artes plásticas, o romantismo sustentava-se filosoficamente em três pilares: o individualismo – tendência para se libertar de toda a obrigação de solidariedade para pensar só em si, egoísmo –, o subjetivismo – tendência para afirmar a prioridade do subjetivo sobre o objetivo – e a intensidade.

O termo romântico refere-se ao movimento estético ou, em um sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.
O Romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular. Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.



Influência da obra de Byron na poética de Álvares de Azevedo
Nenhuma influência foi tão marcante no Brasil do século XIX como a de Lord Byron e, Álvares de Azevedo foi um dos seus maiores representantes. A adoção de uma temática transgressora, irreverente, irônica e satânica, sob a influência de Byron, explica, em princípio, parte de sua obra, notadamente diversa de seus contemporâneos, principalmente Macário, Noite na Taverna, O poema do Frade e O Conde Lopo.

O poeta procurou "byronizar" parte de sua produção, deixando-se levar pela influência famosa e avassaladora do poeta inglês. A poesia de Lord Byron, além de traços autobiográficos, revela pessimismo, angústia e desejo pela morte, encarada como fuga perante seus sentimentos. Assim, a poética de Álvares de Azevedo foi marcada pelo subjetivismo, pela melancolia e por um forte sarcasmo.

A tentativa de se copiar o tom dos livros de Lord Byron quase sempre resultou em uma experiência desastrosa. Mas nem tudo em Azevedo é byronismo e nem todo byronismo seu é ruim, como é o caso do drama Macário. Sob a influência do bardo inglês as personagens de Macário e Noite na Taverna apresentam um pessimismo extremo, mostram-se desencantadas, levando uma vida desregrada como única forma de compensação.

É interessante observar a vida de Lord Byron em paralelo com a de Álvares de Azevedo, pois constatamos que esse herdou por livre iniciativa os traços ultrarromânticos do “mal do século” daquele.

O que se pode afirmar é que Azevedo possui uma incrível fascinação pelas obras e pelo estilo de Byron, principalmente no que se refere à transgressão e à rebeldia.


 Imagem de Álvares de Azevedo.


Primeiras manifestações artísticas (Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe)

Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774) é um romance de Johann Wolfgang Von Goethe. Marco inicial do romantismo, considerado por muitos como uma obra-prima da literatura mundial, é uma das primeiras obras do autor, de tom autobiográfico - ainda que Goethe tenha cuidado para que nomes e lugares fossem trocados e, naturalmente, algumas partes fictícias acrescentadas, como o final.

Neste livro, o suposto Jovem Werther envia por um longo período cartas ao narrador que, no próprio livro, através de notas de rodapé, afirma que nomes e lugares foram trocados.

O romance é escrito em primeira pessoa e com poucas personagens. Na época ocorreu, na Europa, uma onda de suicídios, de tão profundo que Goethe fora em suas palavras. Num estilo completamente adverso a Fausto, mas não menor que neste.




A relação entre a vida pessoal do poeta Lorde Byron (1788-1824) e sua poesia (O que é o paradigma do herói byroniano?)

A relação entre a vida pessoal de Byron e a sua poesia é muito estreita: o autor fala através do personagem, expondo-se completamente. O poeta revela na literatura a própria crise existencial em que está submerso e, sendo Byron um romântico, é um autor que se pauta pelo subjetivismo e pelas paixões, muitas delas violentas e irrefreáveis. A vida de Byron é quase tão fantástica e romântica quanto a dos personagens que criou a partir de si mesmo: amores problemáticos, melancolia exacerbada, desprezo pela sociedade que o condena, atos que revelam uma grande sede de liberdade e, para fechar com chave de ouro, a morte  na Grécia, enquanto preparava um ataque contra os turcos, que na época dominavam o território grego.

O herói byroniano é, então, uma representação do autor e paradigma significa um conjunto de unidades que aparecem no mesmo contexto e apresentam semelhanças entre si. Sendo assim, o paradigma do herói byroniano são as semelhanças entre Lord Byron e os heróis de suas obras.


Byron vai se tornando também, ao longo de sua vida, o paradigma de toda uma geração do romantismo, formada, geralmente, de jovens em busca das mesmas aventuras e sensações. Esse fato é, essencialmente, uma contradição: o lorde inglês foi, antes de tudo, um rebelde que, com o passar do tempo se tornou um modelo de conduta e de literatura. Surpreendentemente, ele se aborrece com o fato e passa, nas suas obras posteriores, a minimizar e ironizar os personagens que criara — talvez porque estes o deixaram demasiadamente exposto diante de todos, talvez porque já não seja mais o único a defender e praticar esses novos princípios. Um rebelde deixa de sê-lo quando muitos querem seguir o mesmo caminho; para Byron, a “transformação” sofrida — passando de contestador radical a modelo de conduta — deve ter sido motivo de grande irritação.


                                                 Postado por Gabriela Maria e Leticia Lopes - 9ºA