segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pesquisar a obra de outros poetas românticos brasileiros da época e produzir um poema nos moldes Ultrarromânticos.

Pesquisar a obra de outros poetas românticos brasileiros da época.


Fagundes Varela
     Poeta da fase romântica, Luís Nicolau Fagundes Varela nasceu em Rio Claro, RJ, em 1841 e morreu em Niterói em 1875.
     Uma das vitalidades do Romantismo, a atravessar, inclusive, algumas das vanguardas e outros importantes movimentos mundiais do século XX, foi a da própria vida do artista, questionando os valores decadentes da vida burguesa, se transformar em obra de arte. Nesse sentido, Fagundes Varela foi um romântico exemplar. Nele, tudo é desregramento: mulheres, brigas, bebedeiras, contas devidas na praça, vadiagem, hostilidades explícitas a transeuntes nas ruas, salvamento heróico de pessoas em um naufrágio etc. Acrescenta-se, a isso, a morte de dois filhos e de uma de suas esposas, para compor um rápido panorama da tragicidade de sua existência, além da sua própria passagem ter sido provocada pelo álcool.
     Detestando a hipocrisia da vida urbana e expurgando as dores que lhe eram impingidas, Varela fazia intermináveis andanças pelo ermo da natureza selvagem, onde conseguia se reconciliar com a alegria originária do cosmos. Tendo escrito o ‘Evangelho na Selva’, onde buscou sua imortalidade literária, ele é tido como o último dos grandes românticos, com uma poesia à altura de sua vida.
Obras:
Noturnas (1861); O Estandarte Auriverde (1863); Vozes da América (1864); Cantos e Fantasias (1865); Cantos Meridionais (1869); Cantos do Ermo e da Cidade (1869); Anchieta ou o Evangelho na Selva (1875); Cantos Religiosos (1878); Diário de Lázaro (1880); Poesias Completas (1956).
Em 1878 seu amigo Otaviano Hudson organizou Cantos Religiosos, cuja publicação destinava-se a auxiliar sua viúva e filhas.

A Flor do Maracujá
Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá!

Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá!
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová!
Pela lança ensangüentada
Da flor do maracujá

Por tudo que o céu revela!
Por tudo que a terra dá,
Eu te juro que minh’alma
De tua alma escrava está!...
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá!

Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em - a -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!

Casimiro de Abreu
     O poeta Casimiro José Marques de Abreu nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu na fazenda do Indaiaçu, onde hoje é o município de Casimiro de Abreu, RJ, em 1860.
     Uma das características mais marcantes da arte a partir do século XX é sua abertura àquilo que, anteriormente, não era reconhecidamente artístico. Nessa mestiçagem, tornando-se alguém que pode privilegiar qualquer assunto como motivação de seu fazer, o poeta abre mão dos temas românticos e assume para si a perda de sua aura. Apesar disso, não foi sempre assim. O mundo já se dividira em pessoas de ação e sonhadores extravagantes — os poetas —, que possuíam um certo repertório de temas a ser cantado.
     Tendo morrido aos 21 anos, Casimiro de Abreu, aliando à espontaneidade lingüística, à despretensão formal e à valorização do sentimento, tornou-se um dos poetas mais lidos do Brasil, talvez justamente por ser o ponto de convergência de inúmeros topos reconhecidamente poéticos (a saudade, o amor, a tristeza, os desejos, etc.), filtrados por uma graciosidade toda própria. É, no mínimo, curioso que aos 20 anos de idade alguém já se sinta melancólico pela perda da "minha infância querida/ que os anos não trazem mais...". Mas como não se curvar diante desse embalo vivenciado, em algum momento da vida, por quase todas as pessoas?
Obras
- Poesias
Primaveras (1859)
- Teatro
Camões e o Jau (1856)
- Prosa Poética
A virgem loura Páginas do coração (1857)
- Romance
Carolina (1856)
Camila - inacabado - (1856)
- Obras Completas (1940); Poesias Completas (1948); Obras de C. A. (1999).

Meus oito anos
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar - é lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

Junqueira Freire
Junqueira Freire (Luís José J. F.), monge beneditino, sacerdote e poeta, nasceu em Salvador, BA, em 31 de dezembro de 1832, e faleceu na mesma cidade, em 24 de junho de 1855. É o patrono da Cadeira n. 25, por escolha do fundador Franklin Dória.

Junqueira Freire
Era filho de José Vicente de Sá Freire e Felicidade Augusta Junqueira. Feitos os estudos primários e os de latim, de maneira irregular por motivo de saúde, matriculou-se em 1849 no Liceu Provincial, onde foi excelente aluno, grande ledor e já poeta. Por motivos familiares, ingressou na Ordem dos Beneditinos em 1851, aos 19 anos, sem vocação, professando no ano seguinte com o nome de Frei Luís de Santa Escolástica Junqueira Freire.
Na clausura do Mosteiro de São Bento de Salvador viveu amargurado, revoltado e arrependido por certo da decisão irrevogável que tomara. Mas ali pôde fazer suas leituras prediletas e escrever poesias, além de exercer atividade como professor. Em 1853 pediu a secularização, que lhe permitiria libertar-se da disciplina monástica, embora permanecendo sacerdote, por força dos votos perpétuos. Obtida a secularização no ano seguinte, recolheu-se à casa, onde redigiu a breve Autobiografia, em que manifesta um senso agudo de auto-análise. Ao mesmo tempo, cuidou da impressão de uma coletânea de versos, a que deu o nome de Inspirações do claustro, impressa na Bahia pouco antes de sua morte, aos 23 anos, motivada por moléstia cardíaca de que sofria desde a infância.
A sua obra poética enquadra-se na terceira fase do Romantismo, dita de ultra-romantismo. Na sua geração foi o mais ligado aos padrões do Neoclassicismo português, ele próprio sendo autor de um compêndio conservador, Elementos de retórica nacional, que explica a sua concepção de poesia como cadência medida e até certo ponto prosaica. A sua mensagem, como a dos românticos em geral, era complexa demais para caber na regularidade do sistema clássico. O drama que tencionava mostrar era o erro de vocação que o levou ao claustro, seguido da crise moral e do conflito interior que o levaram a abandoná-lo. Daí provieram os temas mais freqüentes da sua poesia, misturados a preces e blasfêmias:
o horror ao celibato; o desejo reprimido que o perturbava e aguçava o sentimento de pecado; a revolta contra a regra, contra o mundo e contra si próprio; o remorso e, como conseqüência natural, a obsessão de morte. O poeta clama na sua cela e traz desordenadamente este tumulto ao leitor.
Sua poesia, ora do cunho religioso, ora social, tem lugar relevante no Romantismo brasileiro. Possuía também um sentimento brasileiro, além de uma tendência antimonárquica, liberal e social.
Obra:
Inspirações do claustro (1855); Elementos de retórica nacional (1869); Obras, edição crítica por Roberto Alvim, 3 vols. (1944); Junqueira Freire, org. por Antonio Carlos Vilaça (Coleção Nossos Clássicos, n. 66); Desespero na solidão, org. por Antonio Carlos Vilaça (1976); Obra poética de Junqueira Freire (1970).

Teus Olhos
Que lindos olhos
Que estão em ti!
Tão lindos olhos
Eu nunca vi...

Pode haver belos
Mas não tais quais;
Não há no mundo
Quem tenha iguais.

São dois luzeiros,
São dois faróis:
Dois claros astros,
Dois vivos sóis.

Olhos que roubam
A luz de Deus:
Só estes olhos
Podem ser teus.

Olhos que falam
Ao coração:
Olhos que sabem
Dizer paixão.

Têm tal encanto
Os olhos teus!
— Quem pode mais?
Eles ou Deus?

Produção de poemas nos moldes dos Ultrarromânticos.
Se minha vida fosse sonho
E meus sonhos realidade
Poderia ser então
Que eu o tivesse de verdade

Tua face, os teus olhos
Me iluminam o caminho.
E me tiram da tristeza,
Escuridão e desalinho.

E tuas doces palavras
Que da dúvida sempre me tiram,
Aconselhando, ensinando
E que nas dificuldades me motivam.

Tu és meu doce amado,
O meu mais lindo delírio
Minha felicidade clandestina
E o meu doloroso suspiro.
Postado por Gabriela Maria e leticia Lopes - 9ºA

comparação das poesias



As poesias “Lembrança de morrer” e “O poeta moribundo”  são duas poesias onde o autor vê a morte como uma solução para todos os seus problemas, mas em poeta moribundo ele tem uma forma mais forte de encarar a morte, de  um jeito mais raivosos, mais direcionado a pessoas que tinham inveja dele, era um poema onde ele expressou toda a sua raiva do mundo e lembranças de morrer é, mais sereno, tranquilo onde o autor descreve a morte como uma coisa boa, mas também como um tormento, como se um fantasma o perseguisse. 


Por: Lara e Stéfany. 

domingo, 17 de junho de 2012

A música romântica: pesquisa sobre a música no romantismo.

a) Estilo das composições

    Bethoven
Autor de sonatas, quartetos, sinfonias. Em suas obras musicais passava um profundo sentimento e incomparável expressão.
 
 
    Schubert                  
Imaginativo, lírico e melódico. Schubert marcou a passagem do estilo clássico para o romântico.
                                                                       

 
    Shumman
Sua música para piano, suas as canções, permanecem como exemplos supremos do estilo Romântico do segundo quarto do século XIX. Imensamente influenciado pela literatura e poesia, a natureza sonhadora da sua música afeta o ouvinte, como pode ser sentido no quinto movimento da suite para piano, intitulada Carnaval.
      
 
    Chopin
A produção musical de Chopin foi toda dedicada ao instrumento favorito dele, o piano. Suas mais de 200 composições de solo para piano demonstram seu estilo melódico, muito pessoal, e inclui dois conjuntos de estudos, duas sonatas, quatro baladas, muitos peças e varios prelúdios, impromptus, ou scherzos, e um grande número de danças.

   
    Liszt
Liszt foi famoso pela genialidade de sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por ter elevado o virtuosismo pianístico a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos, em especial pela contribuição que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento.
     


b) Características das composições da época

     A música romântica coincidiu com o romantismo na literatura, artes plásticas e Filosofia. Beethovem foi responsável pelas primeiras evidências desse estilo músical que se difere do classicismo por apresentar menor equilíbrio e rigor; suas sinfonias demontraram-se pessoais e interiorizadas.
     Embalados pelo romantismo,a música romantica apresentava liberdade de expressão e emoção, demonstrava as dores sentidas pelo autor, tendo como principal objetivo a transmissão de sentimentos por assuntos de cunho popular, folclórico e nacionalista que ganham importância nas músicas.
Podemos citar sonatas, sinfonias e as óperas como formas de músicas presentes na época do movimento romântico.


Postado por Gabriela Maria e Leticia Lopes - 9ºA

Álvares de Azevedo - o poeta da Lira dos vinte anos

a) Pesquisa sobre o autor
Vida e obra
   Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, escritor e contista, da segunda geração romântica brasileira. Suas poesias retratam o seu mundo interior. É conhecido como "o poeta da dúvida". Faz parte dos poetas que deixaram em segundo plano, os temas nacionalistas e indianistas, usados na primeira geração romântica, e mergulharam fundo em seu mundo interior. Seus poemas falam constantemente do tédio da vida, das frustrações amorosas e do sentimento de morte. A figura da mulher aparece em seus versos, ora como um anjo, ora como um ser fatal, mas sempre inacessível. Álvares de Azevedo é Patrono da cadeira nº 2, da Academia Brasileira de Letras.
   Álvares de Azevedo deixa transparecer em seus textos, a marca de uma adolescência conflitante e dilacerada, representando a experiência mais dramática do Romantismo brasileiro. De todos os poetas de sua geração, é o que mais reflete a influência do poeta inglês Byron, criador de personagens sonhadores e aventureiros.
Em alguns poemas, Álvares de Azevedo surpreende o leitor, pois além de poeta triste e sofredor, mostra-se irônico e com um grande senso de humor, como no trecho do poema "lagartixa": "A lagartixa ao sol ardente vive,/ E fazendo verão o corpo espicha:/ O clarão de teus olhos me dá vida,/ Tu és o sol e eu sou a lagartixa".
   Álvares de Azevedo encara a morte como solução de sua crise e de suas dores, como expressou no seu famoso poema "Se eu morresse amanhã": "Se eu morresse amanhã, viria ao menos/ Fechar meus olhos minha triste irmã;/ Minha mãe de saudades morreria/ Se eu morresse amanhã!".
Principais obras:
Lira dos vinte anos; Se eu morresse amanhã!; Poesias Diversas; Poema do Frade; O Conde Lopo; Estudos Literários; Noite na Taverna; A lagartixa e Adeus , meus sonhos!.

Biografia
Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) nasceu em São Paulo no dia 12 de setembro. Filho do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa Azevedo, foi um filho dedicado a sua mãe e a sua irmã. Aos dois anos de idade, junto com sua família, muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1836 morre seu irmão mais novo, fato que o deixou bastante abalado. Foi aluno brilhante, estudou no colégio do professor Stoll, onde era constantemente elogiado. Em 1945 ingressou no Colégio Pedro II.
Em 1848, Álvares de Azevedo volta para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde passa a conviver com vários escritores românticos. Nessa época fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano; traduziu a obra Parisina, de Byron e o quinto ato de Otelo, de Shakespeare, entre outros trabalhos.
Álvares de Azevedo vivia em meio a livros da faculdade e dedicado a escrever suas poesias. Toda sua obra poética foi escrita durante os quatro anos que cursou a faculdade. O sentimento de solidão e tristeza, refletidos em seus poemas, era de fato a saudade da família, que ficara no Rio de Janeiro.
Em 1852, doente, abandona a faculdade. Vitimado por uma tuberculose e sofrendo com um tumor, é operado mas não resiste. Morre no dia 25 de abril, com apenas 21 anos.
Álvares de Azevedo não teve nenhum livro publicado em vida. Sua poesia "Se eu morresse amanhã!", escrita alguns dias antes de sua morte, foi lida, no dia de seu enterro, pelo escritor Joaquim Manuel de Macedo.

b) O que podemos entender com a Antítese personificada
A característica intrigante de sua obra reside na contradição – talvez a contradição de si mesmo, que fazia com que ele próprio se sentisse como um adolescente, que se enquadra no dualismo característico da linguagem romântica, visível nas partes que formam sua principal obra poética Lira dos vinte anos, cujas primeira e terceira partes mostram um Álvares de Azevedo adolescente, casto, sentimental e ingênuo.
Na segunda parte da Lira dos vinte anos no entanto, o leitor se depara com uma segunda face da obra. A razão é simples. É que a unidade deste livro e o capítulo funda-se numa binômia. Duas almas, que moram nas cavernas de um cérebro pouco, escreveram este livro, sendo assim, uma verdadeira medalha de duas faces.
A ironia também é um traço constante na obra de Álvares de Azevedo e é uma forma não passiva de ver a realidade, de abalar as convenções do mundo burguês.
Tudo isso, mostra um poeta contráditório, indeciso, que é puro em alguns momentos e irônico em outros. Desse modo, podemos dizer que Álvares de Azevedo foi uma antítese personificada, ou seja, um paradoxo materializado, ou ainda, uma contradição em pessoa.

c) Análise do poema "Ideias íntimas"
O poema retrata a tristeza e a melancolia nas quais o eu-lírico, ou o próprio autor, vive, explicadas, muitas vezes, através das metáforas e das comparações utilizadas no poema. Nele, também são retratadas as mágoas de sua vida, constantemente afogadas em bebedeiras exageradas, fato citado pelo autor no próprio texto. Por fim, o seu leito, que pode-se entender como leito da morte, é várias vezes citado durante o texto, acompanhado de lamentações e arrependimentos.


d) Encontre a ironia no poema “É ela! É ela! É ela! É ela!”
O poema demonstra o amor que o poeta sente por uma lavadeira. Ele a descreve como uma bela e delicada mulher, mas que, em oposição a tudo isso, roncava, dormia suja e em cima de um monte de roupas. Este poema ironiza o fato de a mulher amada ser pobre e mal-cuidada e mostra que podemos sim amar alguém que não tenha as mesmas condições sociais que nós temos.

Postado por Gabriela Maria e Leticia Lopes - 9ºA

Inter-relação entre as artes plásticas e o Romantismo

Pesquisar as obras de Goya, Theodore Géricault , Eugene Delacroix, Auguste Rodin

A relação entre as artes plásticas e o romantismo é que ambos demonstram um sentimento de repressão, luta pela liberdade, por um caminho melhor, por uma vida melhor e sem coisas ruins. Essas obras também são marcadas pelo subjetivismo, pelo pessimismo e pela presença da morte. Além disso, as artes plásticas retratam os pensamentos humanos, sendo, assim, muitas vezes influenciadas por movimentos culturais como o Romantismo. Porém, no amor como em qualquer outro sentimento temos coisas boas e ruins, e precisamos nos conformar com isso.
As artes plásticas românticas também têm como características o ser humano como o centro, a autonomia, a esperança em que dias melhores irão surgir e dúvida de qual a maneira correta de prosseguir. Mas, muitas vezes, buscam o que querem por meio da guerra que consequentemente ocasiona um profundo sofrimento, representado pelos autores através do uso de cores escuras e faces amedrontadas.
Os artistas mencionados têm como recursos pictóricos o uso de cores fortes e densas, assim como pinceladas rápidas. Goya evoluiu com sua técnica de sombra-luz e contrastes. Também nas obras de Eugène Delacroix, podemos ver uma grande expressão cromática, simbolismo, sentimentalismo e refinamento. As pinturas e as esculturas de Auguste Rodin tinham como base o classismo e o impressionismo. Já, Theodore Géricault simplesmente desprezava estes padrões e criava obras serenas e ousadas. As esculturas de Géricault representam o amor puro entre os jovens.

Procurar reconhecer as semelhanças e diferenças entre os recursos pictórios empregados por eles, o significado do estilo que adotam.
     Todos estes grandes pintores românticos possuíam um estilo próprio e inovador, que marcava presença. Por serem românticos todos ele pintavam com muita emoção, expressando um sentimentalismo exagerado em suas obras, através dos sentimentos de seus personagens. Além disso tudo, todos eles se mostram perfeccionistas e realistas, pintando e esculpindo a vida das personagens com grande riqueza de detalhes.
     Entre as diferenças existentes entre eles podemos destacar: a técnica de sombra-luz e contrastes utilizada por Goya em suas pinturas, que as diferenciam das demais; a grande expressão cromática de Delacroix e o abordamento de temas exóticos adotados por ele; a preocupação de Géricault diante de neuroses e desajustes das pessoas, além se sua ousadia e da fuga dos esteriótipos, que tornaram suas obras drásticas, ousadas e delicadas, e, por fim, a perfeição de Rodin, que se inspirava nos modelos vivos, e marcava suas obras com seu profundo traço pessoal. Géricault e Rodin, também, foram muito influenciados por Michelângelo.

Buscar as principais obras dos artistas citados e fazer um paralelo com as características românticas.
El tres de mayo - Goya

     A balsa da Medusa - Géricault

A liberdade guiando o povo - Delacroix

O Pensador - Rodin

     As quatro obras representadas acima assemelham-se entre si, já que ambas representam um sentimento de liberdade, de melancolia, de tristeza e de subjetivismo, através das situações retratadas acima e das cores predominantes nas quatro obras, cores de tom mais escuro.
     Além disso, elas também se assemelham ao romantismo, tanto pelas características ciatadas acima, quanto pelo sentimentalismo exagerado que é exprimido nas quatro obras, mostrando assim, a dura realidade que é imposta ao homem no dia-a-dia e da qual ele busca fugir das mais diversas formas, como: a reflexão em busca de encontrar um sentido para a vida e uma solução para os problemas; a ousadia, a coragem e a força para enfrentar as situações difíceis sem abandonar os nosso ideais e desistir de nossos sonhos e a fé, que alimenta a nossa esperança de que um dia tudo dará certo e de que a vida no futuro será melhor.

Postado por Gabriela Maria e Leticia Lopes - 9ºA

Poesias com características comuns aos poemas de Álvares de Azevedo









Amor e Vinho
Cantemos o amor e o vinho,
As mulheres, o prazer;
A vida é sonho ligeiro
Gozemos até morrer
Tim, tim, tim
Gozemos até morrer
A ventura nessa vida
É sonho que pouco dura
Tudo fenece no mundo,
Na louça da sepultura
Tim, tim, tim
Na louça da sepultura
Não sou desses gênios duros,
Inimigos do prazer,
Que julgam que a humanidade
Só nasceu para morrer
Tim, tim, tim
Só nasceu para morrer

Fagundes Varela


Sonho

Era um bosque, um arvoredo,
Uma sagrada espessura,
— Mitológica pintura
Que o romantismo não faz.
Era um sítio tão formoso,
Que nem um pincel romano,
Nem Rubens, nem Ticiano
Copiariam assaz.

Ali pensei que sonhava
Com a donzela que me inspira,
Que põe-me nas mãos a lira,
Que põe-me o estro a ferver;
Que me acalenta em seu colo,
Que me beija a vasta crente,
Que me obriga a ser mais crente
No Deus que ela julga crer.

Sonhei com a visão dourada,
Que todo o poeta sonha,
— Idéia gentil, risonha,
Tão poucas vezes real!
Que só, com o peito abafado,
Se vai de noite em segredo
Contar no denso arvoredo
Ao cipreste sepulcral.

Mas, despertando do sonho,
Que aos homens não se revela,
Achei comigo a donzela,
Me apertando o coração,
E ainda presa a meus lábios,
Entre um riso, entre um gemido,
Murmurou-me ao pé do ouvido
— Que não era um sonho, não. —

E não mais, enquanto vivo,
Deixarei esta espessura,
— Mitológica pintura
Que o romantismo não faz.
Era um sítio tão formoso,
Que nem o pincel romano,
Nem Rubens, nem Ticiano
Copiariam assaz.


 Junqueira Freire




Que é - simpatia

Simpatia - é o sentimento
Que nasce num só momento,
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.


Simpatia - são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.


São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.


Simpatia - meu anjinho,
É o canto de passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu d'agosto
É o que m'inspira teu rosto...
- Simpatia - é quase amor!


Casmiro de Abreu




Postado por Lara e Stéfany 9ªA

Fagundes Varela,Casmiro de Abreu e Junqueira Freire


                                Fagundes Varela


Fagundes Varela (1841-1875) foi um poeta brasileiro. Fez parte da terceira geração de poetas românticos do Brasil. Sua poesia além de apresentar temas sociais e políticos, desenvolveu também temas sobre a natureza e temas que falam de angústia, solidão, melancolia e desengano. É patrono da cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras.
Fagundes Varela (1841-1875) nasceu na Fazenda Santa Clara, em Rio Claro, na então província do Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto. Era filho do Magistrado Emiliano Fagundes Varela e Emília de Andrade. Em 1860 iniciou sua vida em São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito no Largo São Francisco. Nesse mesmo ano publica seus primeiros trabalhos literários. Participa da vida boêmia da cidade. Em 1861 publica o livro de poesias "Noturnas".
Fagundes Varela apaixona-se por Alice Guilhermina Luande, filha do proprietário de um circo que estava instalado em São Paulo. Segue-a até Sorocaba e lá se casa no dia 28 de maio de 1862. Em 1863 nasce seu filho Emiliano, que morre com apenas três meses de vida. A morte do filho lhe inspira seu mais famoso poema "Cântico do Calvário".
Em 1865 muda-se para Recife, onde presencia a onda de nacionalismo ali desencadeada. Ingressa na Faculdade de Direito. No mesmo ano, com a morte da esposa, volta para São Paulo. Em 1866 retorna para a Faculdade mas pouco frequenta as aulas. Nessa ocasião, Fagundes renuncia aos estudos definitivamente e volta para a sua casa paterna.
Em 1869 casa-se com a prima Maria Belisária Lambert. Da união nasceram duas filhas, Lélia e Rute. Seu terceiro filho também chamado Emiliano, não sobrevive. Fagundes leva uma vida boemia, era visto muitas vezes embriagado.
Suas obras: "Noturnos" (1861), "Cântico do Calvário (1863), O Estandarte Auriverde (1863), Vozes da América (1864), Cantos e Fantasias (1865), Cantos Meridionais (1869), Cantos do Ermo e da Cidade (1869), Anchieta ou Evangelho na Selva (1875), Cantos religiosos (1878), Diário de Lázaro (1880).
Luís Nicolau Fagundes Varela morre na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, no dia 18 de fevereiro.
  

  Fagundes Varela



                                    Casmiro de Abreu


       Casimiro de Abreu (1839-1860) foi um poeta brasileiro. Autor de "Meus Oito Anos", um dos poemas mais populares da literatura brasileira. Pertence a segunda geração do romantismo. Vai com o pai para Portugal, onde inicia sua vida literária. É nesse período que escreve a maior parte dos poemas de seu único livro "Primavera". Escreve a peça "Camões e o Jau", que é encenada no Teatro D. Fernando, em Lisboa. Casimiro é patrono da cadeira nº 6 da Academia Brasileira de Letras.
        Casimiro de Abreu (1839-1860) Nasceu em Barra de São João, Estado do Rio de Janeiro, no dia 4 de janeiro. Era filho do rico comerciante português, José Joaquim Marques de Abreu. Com apenas 13 anos, por ordem do pai, seguiu para o Rio de janeiro, para trabalhar no comércio. Com difícil adaptação, acompanha o pai em viagem para Portugal, em novembro de 1853.
        Viveu três anos em Portugal, onde iniciou sua carreira literária e escreveu a maior parte de seus poemas. No dia 18 de janeiro de 1856, sua peça "Camões e o Jau", é encenada no Teatro D. Fernando, em Lisboa. Em julho de 1857, volta para o Brasil e conhece vários intelectuais, faz amizade com Machado de Assis, ambos com 18 anos de idade.
         Casimiro de Abreu escreveu pouco, mas, seu lirismo de adolescente retratado em sua poesia, que girava em torno do amor, da tristeza da vida, da saudade da Pátria e da saudade da infância, o tornou o poeta mais popular da literatura brasileira. Seu poema "Meus oito anos" retrata bem a nostalgia da infância: Oh! que saudades que tenho/Da aurora de minha vida,/Da minha infância querida/Que os anos não trazem mais!/Que amor, que sonhos, que flores,/Naquelas tardes fagueiras/A sombra das bananeiras,/Debaixo dos laranjais!.
Em 1859 publica seu único livro de poemas "Primaveras". Em 1860 fica noivo de Joaquina Alvarenga Silva Peixoto. Cassimiro vivendo uma vida boêmia, contrai tuberculose e vai para Nova Friburgo tentar a cura da doença.
         Casimiro José Marques de Abreu, não resiste a doença e morre com apenas 21 anos, no dia 18 de outubro de 1860, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro.


 Casmiro de Abreu


                               Junqueira Freire

            Luis José Junqueira Freire nasceu em Salvador (BA), no dia 31 de dezembro de 
1832. Filho de José Vicente de Sá Freire e Felicidade Augusta Junqueira, teve a 
infância e a juventude comprometidas por problemas de ordem cardíaca, fato 
que o levou a concluir os estudos primários de forma irregular. Por pressões 
familiares e motivado pelas inconstâncias da própria vida, ingressou na "Ordem 
dos Beneditinos" dois anos mais tarde, em 1851.Nas clausuras do Mosteiro de 
São Bento de Salvador, o jovem Junqueira Freire não manifestava a menor 
vocação monástica.
             Este período de sua vida foi repleto de amarguras, revoltas 
e arrependimentos pela decisão irrevogável que tomara. Porém, pôde fazer 
suas leituras preferidas e dedicar-se a escrever poemas, além de atuar como. 
No ano de 1853 pediu a secularização que seria outorgada apenas no ano 12
seguinte. 
           Este recurso que lhe permitiria libertar-se das disciplinas monásticas, 
embora ainda permanecesse sacerdote por força dos votos perpétuos. Dedicouse a reunir uma coletânea de seus versos, que viria a ser intitulada Inspirações 
do Claustro. Esta obra foi impressa na Bahia pouco tempo antes de sua morte, 
ocorrida em 24 de junho de 1855, aos 23 anos, motivada pelas enfermidades 
cardíacas de que sofreu por toda a vida. 
               Sua curta e sofrida passagem no mosteiro, forneceu-lhe os temas mais 
freqüentes dos versos. Portanto, fica evidente o teor complexo de sua 
mensagem poética, comum aos Românticos e vulnerável à penumbra do 
segundo período da geração Romântica no Brasil. Alguns tópicos como o drama 
da escolha errônea em sua vocação, aliada à crise moral e o conflito interior que 
o levou a retroceder em sua opção, refletem no horror ao celibato; no desejo 
reprimido que o perturbava e aguçava o sentimento de pecado entre a oração e 
a heresia; na revolta contra a regra, contra o mundo e contra si; no remorso e, 
como conseqüência, na obsessão da morte. Um tumulto, um confronto de ideais 
comprimidos às celas do mosteiro, externado mas não suprimido. Além de um 
sentimento brasileiro que beirava o ufanismo, e uma tendência antimonárquica, 
social e liberal.  
               Obras: Inspirações do Claustro (1855); Elementos de Retórica Nacional (1869); 
Obras, edição crítica por Roberto Alvim, 3 vols. (1944);  Junqueira Freire, 
organizado por Antonio Carlos Vilaça  (Coleção Nossos Clássicos, n. 66); 
Desespero na Solidão, organizado por Antonio Carlos Vilaça (1976) e  Obra 
Poética de Junqueira Freire (1970).  

Junqueira Freire



Postado por Lara e Stéfany 9ªA